Que coisas são essas que recortas pela metade e me transmite enigmaticamente escondido atrás desse disfarce? Tenho me embaraçado tanto na tentativa frustrante de te decifrar todos os dias. Têm me deixado confusa, perdida, naquele velho dilema do “fora de controle”.
Cada dia de convivência, cada mínimo gesto demonstrado, cada palavra dita, cada abraço, cada carinho e sensação de total segurança em teus braços, são ração para esse sentimento tão vagabundo, tão animal. É desesperador, preocupante. Como pude cair sem nenhum esforço no fundo desse poço? Como pude deixar meu sorriso tão dependente de alguém?
Incuráveis sensações de masoquismo você me deixou. Tento dar espaço para minha mente e ensiná-la a não pensar tanto. Mas é inevitável, indomável. Que amor de cão! Não poderias ter deixado cicatrizes como nas tantas outras vezes ao invés de recordações que atraem saudade?
Dói; mas escondo as lágrimas. Deixo elas enterradas para que somente minha solidão possa ver. Talvez amanhã passe, ou piore, ou dê cabo a nós. Mas por enquanto, ela será entretida com alcool, música e textos melodramáticos demais, gays demais, nada a ver comigo demais, porque sempre fui fria demais. E olha que irônico! dessa vez, é só porque eu te amo demais.
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