Lembro daquilo que não vivi. Lembro das lembranças dos outros. De como tudo parecia ser tão “menos falso”, quando ouço das pessoas que já viveram mais do que eu aquele velho início de história: “No meu tempo...”
Pode ser chamada saudade daquilo no qual não presenciei, ou apenas sentir falta disso nos dias de hoje. Sentir falta da simplicidade, sentir falta do essencial para viver, que é sempre menos do que agente tem, sentir falta de um obrigado, pelo menor e mais insignificante gesto que possa ajudar a alguém, sentir falta da coragem pra falar as coisas mais simples e importantes que uma pessoa possa ouvir. Sentir falta de “um dia frio, e um bom lugar para ler um livro...”
Sentir falta da coragem de dar uma rosa, fazer uma coisa “careta”, porém bonita, sem se importar com o que o mundo alheio vai pensar de você, e apenas se preocupar com o(a) dono(a) do presente.
Sentir falta de viver um “Romeu e Julieta”, e ser capaz de renegar a tudo, até a própria vida, em troca de um amor que vai além da mesma. Só não sentir falta de uma coisa: A vontade de voltar ao ventre materno e nascer de novo. Acertar onde houve erro, e festejar novamente os acertos.
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