sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E quando se descobre o amor...

Já não se é a mesma pessoa. Os gestos mudam, o tom da voz se torna mais melódico, o sorriso aparece com mais freqüência, a risada passa a ser mais alegre. Os olhos brilham como a luz do sol. A dor já não incomoda mais. A concentração se desvia para um único ser. A alma se amplia. As pernas tremem, as mãos começam a soar de uma forma intensa, o corpo se arrepia, o coração pulsa de uma forma inexplicável, focalizando um único ser. O pensamento se torna um só. Um vício, um desejo constante.

As palavras não saem dos lábios, a garganta se tranca. O discurso decorado diante do espelho é esquecido, deixado de lado. O assunto se desvanece, deixa de existir. O que existe é aquele momento. Dois corpos, uma alma, um único sentimento. Chamado de amor, confundido com paixão. Mas este não passa de um balançar dentro da alma. Amar é mais forte, é mais intenso, amar é mais puro, é imprescindível, mas não há como definir. Saudade: sentir falta. E o amor? É simplesmente o desejo de estar perto de quem gosta, precisar do seu beijo, seu sorriso, suas mãos, seu rosto? Não, é muito mais do que qualquer um desses sintomas. É mágico, é bonito. Mas só acontece uma vez na vida. Não se vê beleza, exterior. Não se vê, se enxerga, escuta, sente.

É profundo, mas é como se estivesse entalado na garganta. São borboletas no estômago, flores nos olhos, doce no sorriso. O corpo se sente fraco. Mas a alma se sente poderosa. Firme. Um dia, todos sentirão, todos passaram por um momento de amar, mesmo que dure poucos segundos, dias, mas será amor, amor de verdade. 

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